segunda-feira, 4 de novembro de 2013

'Eu me importo, eu me preocupo, eu dou tudo, eu dou a minha vida, eu me dedico, eu vou atrás. E tudo isso para quê? No fim, tal como das outras vezes, acaba por ser tudo em vão. Eu realmente pensei - e bem me enganei - que tu eras diferente, que sabias dar valor a tudo o que faziam por ti, e que sabias deixar para trás o que era para deixar para trás. Mas é, bem me enganei mesmo. Aquela... 'miúda', continua a ir atrás de ti, feita cadela, quando precisa, quando não tem ninguém. E tu continuas a fechar os olhos a isso. A isso e a tudo o que ela te fez no passado. Enganou-te, trocou-te, traiu-te, deixou-te, abandonou-te, sei lá, tanto mal que nem sei quais palavras usar de tantas que são. Tantas vezes que te vi a cair ao chão por causa dela, e de tantas outras... E essas tantas vezes foram as vezes em que eu estava lá, para te levantar do chão e te trazer de novo à vida. Para não te deixar desanimar, para não te perder por culpa de gente que não te sabia dar valor. E o esforço que fiz? É inimaginável! Nem eu entendo onde fui buscar tanta força para não te deixar cair de novo, porque também a mim me custa ver que vais cair, também me custa ver-te mal. E no meio de tanto, tornei-me importante, normal, destaquei-me na tua vida. Tanta importância me deste, tanto carinho, e me apaixonei. Caí na realidade, eu estava apaixonada. E depois? Foi vira o disco e toca o mesmo, durante meses. Aliás, já lá vai muito mais de meio ano. Quase 7 meses. 7 meses de risos e choros, felicidades e tristezas, esperanças e desilusões. 7 meses em que quem mais se dedicou fui eu, em que quem mais teve problemas foste tu, em que quem estava lá era eu quando tu precisavas. E eu? Sempre, ou quase sempre, fiquei para segundo plano. E agora? Agora é assim que me agradeces. Elas vão atrás de ti, tu correspondes, como se nada se tivesse passado. E eu. Eu que vá passear, porque depois de tanto estar lá, quando me canso das tuas atitudes de me desvalorizares, já não presto, só porque ganho coragem para te dizer a verdade. Sou honesta, muito mais honesta do que todas as outras. Sou dedicada, muito mais do que as outras. Mas elas terão sempre mais valor que eu. E eu? Cansei-me. De uma vez por todas, cansei-me de ser o segundo plano. E quando eu deixar de me importar de uma vez? Bem, já faltou mais para eu ter coragem para isso. Por isso, não te queixes depois de elas acontecerem, porque eu avisei. Vezes demais.'

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

'Saudade. Diz-se ser uma palavra unicamente portuguesa, que não tem tradução para mais nenhuma língua. Bem, nesse caso, ainda bem que sou portuguesa, porque senão não teria maneira de descrever o que sinto tantas vezes, e o que sinto neste momento. Saudade de quê? Digamos que no português é mais difícil descrever os motivos do que os sentimentos. Saudade de tudo um pouco. Por um lado, de quando o mundo era diferente, de quando o preconceito era algo desconhecido para mim, de quando eu era inocente, de quando a sociedade não era o que estava errado para mim mas sim a TV paga e os brinquedos caros. E por outro lado, tenho saudade de um passado mais próximo. Todos sentimos saudades de quando éramos simples crianças, sem importância no mundo porque não tínhamos de a ter, quando éramos e tínhamos verdadeiros amigos apenas por nos emprestarem um brinquedo que gostávamos, de quando o mundo era tudo o que nós queríamos. Mas todos crescemos, e todos acabamos por descobrir coisas novas. Claro que não é tudo um "mar de rosas" como era quando somos crianças, mas também não é tudo um "mar negro". Também há coisas novas que descobrimos que nos fazem bem. Se elas não existissem, haveria felicidade neste mundo? Provavelmente não. Descobrimos o amor, a amizade verdadeira, os sentimentos, os pequenos prazeres da vida. Descobrimos o mundo no seu pormenor. E apesar de o mundo não ser perfeito, e de ser muito imperfeito, ele não é todo mau. E a saudade que sinto é apenas de alguns momentos que já tive, em que os sentimentos eram melhores, em que as amizades eram melhores, e até em que a inocência era maior. Esses pequenos momentos, por muito pequenos que fossem, tinham significado. Mas a vida é assim... Segue em frente. Muda. E nós só temos que saber habituar-nos. E saber lidar com a saudade, porque ela vai viver conosco durante toda a nossa vida.'

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

'A few months ago, I had this time. It lasted about 1, 2 months. It was a short time, but probably was the best time I had this year. Or in my whole life. To be the best time I ever had, it had to be with you. All those moments, those stupidities, those hours, those nights without sleeping, all those things we had during those months... They are moments I'll never forget. And these days I've been sad... I miss those moments. They meant everything to me, I swear I never had something that is so important to me like those moments. During that time, I can say: I was happy. I was the happiest girl in the world, and it was all because of you. I used to smile a lot... Those smiles were the most honest smiles in the whole universe! I mean... You are so different from the others. You are special, you are cute, you are... Kind of perfect. I did the craziest things during that time, all just to talk to you. We used to talk all day, 24/7, and we always had subject. We talked about us, about our friends, our problems, about music and movies. And now... It seems like we have nothing. We barely talk, you don't talk to me about your day, your problems. I feel like you don't trust me anymore, like you don't care about us anymore. You're different now... You changed. You're depressed, sad, I don't know. But I know you're not fine, and I do everything I can to help you... And you just don't care, you refuse my help. All that affection that existed between us... It just disappeared. We don't do things together anymore, we don't talk about nothing. We just depress more and more each day. And I miss us. I miss those times. I can't say I'm not fine, because I am. But you're not, and that affects me. I want to see you fine, just like me... That would make me happy like I was during the summer. I miss you. Your affection, your care, I miss everything, and I just want you back... I want us back.'

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

'A vida vive-se. Para alguns dura até um século, para alguns apenas uns anos, e para outros até dura apenas uns segundos. Quanto a mim, já a vivo há quase 15 anos. E sinceramente? Pode ser pouco tempo comparado ao tempo que muitas pessoas já viveram, mas foi um tempo cheio de experiências, boas e más. Às vezes, a cada dia que passa, canso-me mais de certas situações. Muitas situações... Quer seja em casa, quer seja na escola ou em outro sítio qualquer. Pessoas falsas, pessoas tortas, cada vez se encontram mais facilmente neste mundo. É pelo menos uma em cada canto de esquina. As pessoas cada vez estão mais estúpidas, mais falsas, mais mentirosas, mais gananciosas, mais interesseiras, mais discriminatórias. E cada vez valorizo mais os meus verdadeiros amigos e a minha família, pelo menos todos aqueles que são decentes. A família é óbvio que não posso escolhê-la, mas posso escolher quem valorizar mais ou menos. E os amigos? Considero-os uma segunda família, e essa sim, posso escolher. E faço questão de os escolher com o maior cuidado do mundo, e de me dedicar com a maior dedicação do mundo. Todos os meus verdadeiros amigos são os meus melhores amigos, claro que um ou dois se destacam, mas no fundo acabo por considerá-los a todos como melhores amigos. E aqueles que não merecem isso? Bem, admito que já dei importância a gente que não devia, porque eram pessoas que não mereciam. Mas esses tempos mudaram... Quem quer ser valorizado por mim, terá que me valorizar também. Nos últimos tempos sinto que cresci nesse aspeto... Não tenho tanta "pena" das pessoas, não valorizo as pessoas só por medo de as perder. Aprendi que uma lição que me deram uma vez é real: "todas as pessoas são substituíveis". Nunca duvidem desta afirmação, nunca! Aprendam todos a viver sem as pessoas que não valem a pena. Pessoas falsas e sonsas, qualquer pessoa decente não precisa delas. Aprendam a valorizar e ensinem a valorizar, para que todos nos possamos sentir valorizados. E para um melhor mundo.'

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

'Já 2 anos se tinham passado desde que se conheceram. Eram férias de verão de novo... Os desejos de se verem eram enormes. Os dias quentes foram aumentando, o tempo livre era enorme, por isso ficavam ainda mais próximos do que aquilo que eram. Um dos temas que mais falavam era sobre estarem juntos, uma coisa que ambos desejavam desde há muito tempo. Agora estavam mais velhos, mais responsáveis e livres, talvez pudesse acontecer. Uma noite estival bastante quente, decidiram olhar os dois para o céu e para as estrelas. Embora longe, faziam os possíveis para estarem o mais próximo que conseguissem. Ele via-a como uma amiga, uma amiga diferente das outras. Diferente talvez porque o amor que ela sentia por ele a tornava assim. Ela era uma daquelas raparigas que se dava bem com a distância, porque era a maneira que afastava a sua timidez mais rapidamente. Foi assim que acabou por conhecê-lo. A maneira de ele ser era espetacular... Ela admirava todas as qualidades dele, achava-o perfeito de uma certa maneira. Usava a palavra 'ideal' para o descrever. E foi essa personalidade forte que ele tinha que fez com que ela, uma rapariga de poucas emoções e poucos sentimentos, caísse completamente por ele. Não sabe como aconteceu, simplesmente aconteceu. Já se tinham passados meses desde que aquilo que aconteceu. Durante meses havia sido uma paixão sem correspondência... Até àquela noite. Naquela noite, debaixo de um céu imenso de estrelas brilhantes e fortes, cada um no seu canto, à distância discutiram o grande dia. "Como vai ser?", perguntou ela. Ele não soube que resposta lhe dar, pois naquele momento também não sabia bem imaginar o momento. Ela tinha sono, então foi dormir. Despediram-se, ele foi deitar-se na cama. Ficou horas e horas às voltas na cama, com calor e sem sono. Até que num certo momento parou. Levantou-se e dirigiu-se para a janela, olhou o céu e pensou. Tentou imaginar o momento em que finalmente estaria com ela, um momento que já ambos planeiam há bastante tempo. Imaginou-o durante uns minutos... Até que deu por ele a imaginar como seria beijá-la. E abraçá-la. E dar-lhe todo o carinho do mundo, tratá-la como se pertencessem um ao outro. Imaginou o sorriso dela e pensou na beleza dele. Imaginou todas as gargalhadas que dariam juntos. E por fim, imaginou um beijo... Olhou para o céu. "E se ela não for só uma amiga? O que faço?". Ligou para o seu melhor amigo. Desabafou tudo, e surgiu-lhe a ideia de lhe fazer uma surpresa. Finalmente, ele havia percebido porque ela era tão especial para ele. No dia seguinte, ela acordou e ligou-lhe. Era super tarde, quase na hora do almoço. Ele não atendeu, e ela achou estranho... Mandou mensagem, e ele também nada disse. Ficou preocupada, mas pensou que ele estivesse só a dormir. A longa tarde quente passou, e ele ainda não tinha dito nada. Era hora do jantar. Ela e os pais estavam a jantar, quando de repente alguém toca na campainha da porta. Ela decidiu ir abrir... Abriu a porta, e estava lá ele. Ajoelhado, com uma rosa vermelha na mão. Agarrou-lhe na mão que tremia de emoção, e com clareza disse: "Muito pensei eu sobre ti, e muito imaginei este momento. Só nunca o havia imaginado assim, até agora. Eu amo-te acima de tudo.". Ela estava comovida, começou a chorar e abraçou-o. O abraço mais forte que alguém já deu a alguém. Quando finalmente parou de chorar, olhou-o nos olhos. Ele retribuiu, e beijou-a com o maior amor que já tinha dado a alguém. E assim do nada, ambos foram felizes. Talvez não para sempre, mas pelo menos por um longo tempo viveram felizes com honestidade.'

terça-feira, 15 de outubro de 2013

'Às vezes dou por mim a pensar porque é que em muitos momentos da minha vida, parece que nunca vou ser feliz. De maneira nenhuma, com ninguém. Bem... Morrer sozinha, acho pouco provável. Será que tenho assim tanto de errado? Eu acho que não... Porque sinceramente, dou uma vista geral pela sociedade e deparo-me com situações que são ridículas demais para me caberem na cabeça. Não tem a ver com a maneira de como as pessoas falam, escrevem, socializam... Tem a ver com atitudes de pessoas que eu não entendo. E principalmente, ainda entendo menos as suas explicações para essas atitudes, porque ainda menos sentido fazem. Não vou falar da geração acima da minha, os adultos, porque esses não os entendo mesmo. Principalmente aqueles mais do topo da sociedade... Estudam imenso para lá chegarem (supostamente), e por vezes consigo ser mais inteligente do que eles, sem ter estudado metade do que eles (supostamente) estudaram. Falando mais da minha geração... A geração dos anos 90, mais precisamente. Eu sou das últimas, nasci em 98. E não entendo sinceramente maior parte dos que fazem parte da minha geração. Alguns dos mais velhos, são mais velhos que eu, naturalmente são mais desenvolvidos que eu. Mas por vezes tenho a ligeira sensação que são mais desenvolvidos que eu apenas no físico, porque a mentalidade... Nem sei por onde começar, talvez pelos conhecidos "famosos das redes sociais". Olho para alguns e penso "onde é que teres milhares de pessoas a gostar das tuas fotos te vai levar a algum lado?". Sinceramente, os gostos nas fotos ainda são de borla, não dão dinheiro, não dão comida, não dão água, não dão emprego. A desculpa de muitos é que não fazem nada para serem conhecidos e "famosos". Gente, acordem. Se não fazem nada, para quê as fotos provocadoras? Para quê as exibições da riqueza que têm? Acordem mesmo para a vida, há gente sem comer, há gente a morrer por não comer. E muitos desta minha geração? Parece que têm gosto por mostrar a sua riqueza e exibi-la, para toda a gente a poder ver. Se querem ser alguém na vida, para quê a exibição? Porque não partilhá-la? Aí sim, já diria eu que são pessoas minimamente decentes.
Falando agora de pessoas mais da minha idade, com menos diferença de idade comigo... A grande parte até não é nada de especial, são pessoas mais consideradas normais, cada uma com a sua maneira de pensar. Algumas conseguem muitas vezes ter mais mentalidade do que muitos dos que referi acima. Mas alguns... Também têm certa mania de quererem ser superiores, e só acabam por demonstrar estupidez. E outros... Simplesmente parece que procuram essas pessoas 'superiores e fixes', e não as propriamente decentes. Muitos querem ser o centro das atenções, quando neste mundo serão (muito provavelmente) apenas mais um ser humano insignificante. Começamos a chegar ao ponto de alguns adolescentes da minha idade brincarem com pensamentos suicidas, ou com a anorexia para chamarem a atenção. E este mundo acaba ainda mais virado ao contrário. A minha geração devia ser aquela que faz a sociedade evoluir, que cria uma sociedade melhor... E ao invés disso, andam aqui a brincar, a ver quem é melhor do que quem.
Não sei mais explicar esta sociedade... O que raio é que está errado com ela? O ser humano era suposto evoluir, não recuar. Imagino que este só vai ser mais um texto em vão que ninguém vai ler. Ou então muita gente vai ler, e muita gente vai criticar porque se vão sentir atingidos. Bem, se se sentirem assim... Devem estar a olhar-se ao espelho então. Os meus pêsames por isso.'

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

'Tive um mau dia hoje. Quer dizer... Pensando assim mais pormenorizadamente, até não foi tão mau. Os pequenos pormenores fizeram o meu dia. O pequeno pormenor da minha vida, que é ele. É só um pormenor, pelo menos ainda não posso afirmá-lo como mais do que isso. Deve ser aquilo a que chamam uma "atração física", ou qualquer cena assim, porque aquele sorriso dele atrai-me de um modo estranho... Mal o conheço, é verdade, mas aquele pouco que conheço também me atrai. Acho-o diferente do resto dos outros rapazes. É mais tímido, e é mais original. Admiro a originalidade num rapaz. Um rapaz diferente do habitual é sempre algo que se destaca para mim. Continuando... Onde ia? Ah sim, o sorriso dele. É um sorriso, como tantos outros que existem. Mas sinto algo estranho nele... Não sei explicar. Sinto que é um sorriso que quando aparece, é sempre sincero. Mas ao mesmo tempo, sinto uma certa melancolia nele. A voz dele também é algo que me atrai nele. Acho-a sexy, bonita. Adorava ouvi-lo cantar... Uma música calma, serena. Combina com a voz dele... Não sei definir, mas acho que é o timbre dele que faz aquela voz assim. Não sei mais explicar esta "atração". Nem sei que quero aproximar-me mais ou não... Tenho medo, não sei bem do quê, mas tenho. Talvez sejam inseguranças, o medo de ser rejeitada. Ou então a confusão, não saber como avançar. Acho que prefiro ficar à espera que seja ele a avançar... O que provavelmente nunca vai acontecer. Uma coisa tenho a certeza: vou fazer o que sempre faço. Vou "deixar andar" a ver onde dá.'