quarta-feira, 16 de outubro de 2013

'Já 2 anos se tinham passado desde que se conheceram. Eram férias de verão de novo... Os desejos de se verem eram enormes. Os dias quentes foram aumentando, o tempo livre era enorme, por isso ficavam ainda mais próximos do que aquilo que eram. Um dos temas que mais falavam era sobre estarem juntos, uma coisa que ambos desejavam desde há muito tempo. Agora estavam mais velhos, mais responsáveis e livres, talvez pudesse acontecer. Uma noite estival bastante quente, decidiram olhar os dois para o céu e para as estrelas. Embora longe, faziam os possíveis para estarem o mais próximo que conseguissem. Ele via-a como uma amiga, uma amiga diferente das outras. Diferente talvez porque o amor que ela sentia por ele a tornava assim. Ela era uma daquelas raparigas que se dava bem com a distância, porque era a maneira que afastava a sua timidez mais rapidamente. Foi assim que acabou por conhecê-lo. A maneira de ele ser era espetacular... Ela admirava todas as qualidades dele, achava-o perfeito de uma certa maneira. Usava a palavra 'ideal' para o descrever. E foi essa personalidade forte que ele tinha que fez com que ela, uma rapariga de poucas emoções e poucos sentimentos, caísse completamente por ele. Não sabe como aconteceu, simplesmente aconteceu. Já se tinham passados meses desde que aquilo que aconteceu. Durante meses havia sido uma paixão sem correspondência... Até àquela noite. Naquela noite, debaixo de um céu imenso de estrelas brilhantes e fortes, cada um no seu canto, à distância discutiram o grande dia. "Como vai ser?", perguntou ela. Ele não soube que resposta lhe dar, pois naquele momento também não sabia bem imaginar o momento. Ela tinha sono, então foi dormir. Despediram-se, ele foi deitar-se na cama. Ficou horas e horas às voltas na cama, com calor e sem sono. Até que num certo momento parou. Levantou-se e dirigiu-se para a janela, olhou o céu e pensou. Tentou imaginar o momento em que finalmente estaria com ela, um momento que já ambos planeiam há bastante tempo. Imaginou-o durante uns minutos... Até que deu por ele a imaginar como seria beijá-la. E abraçá-la. E dar-lhe todo o carinho do mundo, tratá-la como se pertencessem um ao outro. Imaginou o sorriso dela e pensou na beleza dele. Imaginou todas as gargalhadas que dariam juntos. E por fim, imaginou um beijo... Olhou para o céu. "E se ela não for só uma amiga? O que faço?". Ligou para o seu melhor amigo. Desabafou tudo, e surgiu-lhe a ideia de lhe fazer uma surpresa. Finalmente, ele havia percebido porque ela era tão especial para ele. No dia seguinte, ela acordou e ligou-lhe. Era super tarde, quase na hora do almoço. Ele não atendeu, e ela achou estranho... Mandou mensagem, e ele também nada disse. Ficou preocupada, mas pensou que ele estivesse só a dormir. A longa tarde quente passou, e ele ainda não tinha dito nada. Era hora do jantar. Ela e os pais estavam a jantar, quando de repente alguém toca na campainha da porta. Ela decidiu ir abrir... Abriu a porta, e estava lá ele. Ajoelhado, com uma rosa vermelha na mão. Agarrou-lhe na mão que tremia de emoção, e com clareza disse: "Muito pensei eu sobre ti, e muito imaginei este momento. Só nunca o havia imaginado assim, até agora. Eu amo-te acima de tudo.". Ela estava comovida, começou a chorar e abraçou-o. O abraço mais forte que alguém já deu a alguém. Quando finalmente parou de chorar, olhou-o nos olhos. Ele retribuiu, e beijou-a com o maior amor que já tinha dado a alguém. E assim do nada, ambos foram felizes. Talvez não para sempre, mas pelo menos por um longo tempo viveram felizes com honestidade.'

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