'Apetece-me escrever, e escrever, e escrever mais. São tantas as coisas aqui dentro, dá vontade de desabafar tudo logo. Mas não sei sobre o que escrever ao certo... Sobre os problemas? Sobre o amor? Sobre as coisas boas? São sentimentos a mais, são sentimentos confusos. Não sei se hei de dizer que estou bem, ou que estou mal, não sei definir-me. Quem sou eu? Estou a dar filosofia este ano pela primeira vez, no meu 10º ano. E essa foi uma das primeiras perguntas que surgiu nas aulas, e foi a que mais me marcou até agora. Penso e reflito muitas vezes sobre ela, e faço-o de novo, e não chego a uma resposta, ou a uma conclusão. Penso sobre mim, sobre as minhas qualidades, os meus defeitos. Será que o destino existe mesmo? Porque é que as coisas acontecem? Sempre achei que algum dia acabamos sempre por descobrir a razão pela qual uma coisa acontece, mas esse dia chega quando? Anseio que ele chegue todos os dias. Queria uma razão, apenas uma, uma boa razão que me explicasse o que faço neste mundo, e porque é que todos os dias acontecem as coisas que acontecem. Deve ser isso que me define. A curiosidade... É uma das minhas definições, provavelmente. A curiosidade em saber tudo sobre a vida, em arranjar sempre uma resposta a todas as perguntas, mesmo às mais complicadas. Ainda há esperança... Ainda tenho a esperança de um dia poder encontrar todas as respostas que procuro. Sei que sou forte, e sei que disso eu não vou desistir.'